Como poupar na eletricidade
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Muitas vezes quando falamos de poluição, falamos apenas das emissões geradas em CO₂, comummente identificadas como a principal causa do efeito de estufa. Mas isso não é tudo, alguma vez ouviu falar de “poeira fina”? Trata-se de micropartículas, tanto sólidas como líquidas, presentes no ar e constituídas por pó de origem natural e antropogénica, capazes de prejudicar a nossa saúde.
De acordo com um estudo da Universidade de Harvard, a poluição atmosférica causa aproximadamente 8,7 milhões de mortes em todo o mundo todos os anos. Estas mortes não se devem apenas às emissões dos transportes, mas mais geralmente a todas as atividades antropogénicas que alteram o clima.
A forma como a nossa sociedade consome recursos, planeia cidades, gera resíduos e concebe sistemas de transporte tem aumentado a pegada de carbono, tornando o atual modelo de mobilidade totalmente insustentável. O sector dos transportes foi responsável por cerca de 1/4 das emissões globais em 2018, num total de 8 mil milhões de toneladas de CO₂.
Vamos tentar compreender como o sector dos transportes contribui para esta má situação.
De acordo com um dos sites de referência para as estatísticas das alterações climáticas, OurWorldinData, o sector dos transportes contribui com 16,2% das emissões globais. Isto torna-a uma das principais causas da actual crise climática.
O carro é o meio de transporte por excelência. Com mais de mil milhões de veículos no mundo, é evidente que os automóveis são a principal fonte de poluição dentro desta indústria. A sua utilização causa 11,9% das emissões de CO₂, derivadas quase inteiramente de automóveis a gasolina, diesel, metano e GPL.
Por outro lado, embora o transporte aéreo contribua “apenas” 1,9% das emissões de CO₂, existe um facto particular que coloca o transporte aéreo no topo do ranking dos meios de transporte mais poluentes: CO₂ emitido por passageiro. O transporte aéreo é de longe a pior das alternativas, com mais de 285 gramas de CO₂ emitidas por passageiro por quilómetro percorrido. Para comparação, de acordo com um relatório da Sole24Ore, um passageiro num automóvel gera 42 gramas de CO₂ por quilómetro percorrido.
O transporte marítimo também tem uma parte não negligenciável da culpa. Embora este seja um tema raramente discutido, os dados disponíveis não podem, de forma alguma, ser ignorados. De facto, o transporte marítimo é responsável por aproximadamente 1,7% das emissões globais. Quase tanto como os aviões.
A melhor alternativa em termos de poluição são os veículos ferroviários. O comboio, o metro e o eléctrico contribuem em conjunto com 0,4% do total das emissões.
Tal como na maioria das nossas acções, a deslocação também polui na maioria dos casos, com excepção do ciclismo e das caminhadas.
Contudo, ainda é possível tentar fazer a sua parte para tentar poluir o mínimo possível, mesmo quando se trata de passar de um ponto para outro.
Em suma, existem soluções, especialmente se começarmos a incluir todas as possibilidades oferecidas pelo sector da mobilidade elétrica entre as possibilidades viáveis. Cabe então a cada um de nós escolher qual deles é o mais adequado para nós.